Cizzo Jardim

DETALHES

“E ela, a ele se entregou fugindo do meu amor... do nosso amor”.

Histórias como essa estão fadadas ao fracasso, ou, na melhor das hipóteses, a um conformismo cinza, enjoativo.

Queria muito saber o que se passa na cabeça dela, que a faz viver nessa conveniência estúpida. Sim, porque nada justifica a covardia em abandonar um grande amor. “Ah, eu não gosto dele, mas o tempo vai trazendo o gostar.” Mentira! Duas vezes, mentira. O tempo só traz a certeza da covardia, a certeza da apatia em se conformar com uma vida matemática, fria, sem visso.

Meu espírito inquieto não deixa minha mente em paz. E me pergunta como ela consegue viver tanto tempo numa vida sem paixão, sem tesão. Logo ela, que tantas vezes derreteu-se de amor em meus braços, em meus abraços.

Faz muito tempo que a vi. Talvez isso responda minhas dúvidas. O tempo, a tudo e a todos transforma. Assim como ela, eu também mudei. Roberto já dizia isso em uma de suas canções que o tempo transforma todo amor em quase nada. Talvez para mim, essa transformação ainda não tenha chegado. Diferente dela, ainda procuro um grande amor. "E quase também só é mais um detalhe. Um grande amor não morre assim".

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