Vingança é o mote do novo filme de Tarantino

Naquele estilo meio violência pastelão que popularizou Tarantino na sequência 'Kill Bill', Bastardos Inglórios, um filme que se empenha na vingança dos judeus contra os nazistas, traz Brad Pitt no papel do tenente Aldo Raine comandando o grupo entitulado 'Bastardos Inglórios', um grupo de soldados judeus que penetram na França para trucidar com os nazistas. E aí é que as cenas de violência beiram o surreal; são tão exageradas que lembram os westerns spaguetti que consagraram Sergio Leone. E também estão consagrando Tarantino. Até 30 de setembro, o filme já havia arrecadado 245 milhões de dólares e já havia se tornado o maior sucesso de Tarantino desde Pulp Fiction.

A história começa na França ocupada pelos nazistas, onde Shosanna Dreyfus (Laurent) testemunha a execução de sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa. Após uma introdução brilhante com uma intensa conversa entre os personagens de Denis Menochet e Waltz, a jovem consegue escapar e foge para Paris, onde cria uma nova identidade como dona de cinema. Enquanto isso, também na Europa, o tenente Aldo Raine (Pitt) inferniza ao lado de seu grupo de soldados judeus os nazistas. Conhecido por seus inimigos como Os Bastardos, o esquadrão de Raine se junta à atriz alemã e agente infiltrada Bridget Von Hammersmark (Diane Kruger) em uma missão para derrubar os líderes do Terceiro Reich.

Christoph Waltz que interpreta o nazista Hans Landa tem, segundo os críticos de cinema, uma atuação memorável, chegando a colocar Pitt no pobre terreno dos medíocres. O que inclusive gerou certa polêmica, pois dentre todos os personagens o único milimetricamente desenhado e estudado por Tarantino foi justamente o do nazista interpretado por Waltz, já que as outras personagens acabam se reduzindo à clichês dentro da engrenagem da época do III Reich.

De fato Tarantino tratou a violência dos nazistas com seu próprio veneno: mais violência...e que violência.

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