Cizzo Jardim

Voltas, revoltas e reviravoltas.

Nunca acreditei em amores que vão e que vem. Em minha parca experiência nesses caminhos incertos, sempre vi que o amor que foi, não volta. Ao menos, no mesmo grau. É aquela coisa já meio batida do "cristal quebrado não cola jamais".

Às vezes, "um retorno" dá uma rápida impressão de uma tácita admissão de fracasso, de incapacidade. "E agora, como vai ser minha vida sem ela ao meu lado? E isso e aquilo que só fazíamos juntos?"

Mas quem somos nós para julgar as decisões, os arrependimentos, as reviravoltas dos amores alheios? Como disse Paulo Coelho em 'Brida', somos humanos e somente nós sabemos com o que alimentamos nossa alma.

Talvez eu esteja errado (na maioria das vezes, sempre estou), e a volta seja a grande oportunidade de recomeçar sem os deslizes cometidos. É a chance de se seguir já desviando dos espinhos de outrora. É a sublime hora do exercício do perdão. A confissão de nossos desejos, a exposição de nossas fraquezas. É isso. É o amor. Esse sentimento enigmático, onipresente, sarcástico. Mas sem ele o que seríamos? Quem seríamos?

E brindemos, então a Antônio Marcos, pois

"quando um dia isso acontecer
De você querer voltar pra mim
O meu perdão eu vou saber lhe dar
E jamais eu direi, que um dia você conseguiu me magoar"

Cizzo Jardim é uma lenda viva que pode ser encontrado entre a Linha do Equador e o Trópico de Capricórnio.

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