Vinhos e 'venhas'


"Nesta noite, vamos beber um cabernet sauvignon!"

A colocação não está de toda errada. Mas o interessante é frisar que não é o vinho que é cabernet sauvignon. Na verdade, estamos nos referindo à uva com a qual é produzido o vinho.

Nestes últimos dez anos, quando ainda nos submetíamos aos "Canções" e "Sangues de Boi" da vida, os vinhos, em especial os argentinos e chilenos, produzidos com a uva cabernet sauvignon, ganharam um grande destaque frente às importadoras. Daí esse 'frisson' em torno da uva cabernet sauvignon.

Quando nos referimos ao vinho pela uva, como na assertiva acima, estamos usando a classificação chamada varietal, ou seja, o vinho é classificado pela uva com a qual ele é produzido. Já na maioria dos vinhos portugueses você vai encontrar a descrição "Douro" ou Dão", que são as regiões portuguesas mais consagradas na produção desta bebida. Assim, os vinhos de Portugal são vinhos regionais, ou seja, sua classificação não leva em conta a uva (varietal) com a qual foi produzida, e sim a região onde o vinho foi feito. Nestes casos, essa indicação tem muito mais importância histórica e de qualidade, do que a uva utilizada.

Pra finalizar, uma boa dica de cabernet é um vinho chamado "Gracia del Chile", um vinho muito saboroso, com um paladar que retarda a última taça. Relação custo-benefício 4 estrelas. Pode ser encontrado naquele hiper das filas intermináveis. Pra acompanhar vai muito bem um filé à parmeggiana ou um filé alto com um arrozinho.

Na próxima falaremos de algumas regiões francesas, onde se produzem obras de arte como o Romanée Conti, cuja garrafa, safra 1985, pode custar US$ 8.500.00 (dólares e não reais).

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