Nasce mais um clássico

“Quem nutre sentimentos politicamente corretos em favor da paz, dos direitos humanos e do bem-estar dos mais pobres precisa manter o guarda-roupa o mais longe possível do rosto de Che Guevara.”

Com 81 semanas listado entre os mais vendidos do Brasil, Leandro Narloch, depois de atacar os mitos construídos ao longo de mais de 500 anos de história, com o seu Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, vem com mais um guia "politicamente incorreto". Desta vez, da América Latina.

A frase acima já ilustra o tom do livro. Algo como, "pare, esqueça tudo que você aprendeu sobre a história dos 'heróis' da América Latina".

Além de continuar falando sobre o contato entre índios e europeus, Narloch, juntamente com Duda Teixeira, um especialista em assuntos latino-americanos, que já entrevistou cinco presidentes do continente, desconstroem a imagem de líderes socialistas adimirados até hoje. Che Guevara, Fidel Castro, Juan e Evita Peron e Salvador Allende, deverão ser repensados após a leitura do novo livro de Narloch e Teixeira.

Um dos cpítulos mais interessantes do livro é o dedicado a Salvador Allende, derrubado em 1973 por Pinochet, que foi general do seu governo. Pinochet foi promovido por Allende, um ano antes do golpe, pela sua eficiência em combater grevistas e opositores ao governo do então presidente. Os anos da ditadura de Pinochet acabaram transformando Allende num líder da América Latina. O livro desmistifica esse equívoco.

E Che, estampado mundo afora como símbolo máximo de revolução? O primeiro parágrafo do post já revela a personalidade do 'líder'. Além de ordenar julgamentos sumários contra hippies, oposicionistas e gays, provocou um caos econômico em Cuba, no início dos anos 60, estatizando empresas, confiscando propriedades e emitindo moeda 'à rodo'.

O livro mostra que de libertadores esses líderes nada tinham. Vestiam a camisa de um doentio antiamericanismo na busca de justificar suas atitudes ilegais, corruptas e ditatoriais. Agora, isto é mostrado.