70 anos de Tim Maia



Trazendo esse vídeo, me vem logo à tona duas histórias (malucas, só pra não perder o costume) de Tim. Uma com Chacrinha e a outra com a própria Gal. Certa feita, Tim se apresentava no Cassino do Chacrinha. Entre bacalhaus e a "mandioca' da Maria Betânia, Russo vai e passa a mão na bunda de Tim , ao vivo, no palco do programa. Tim ficou possesso. Jogou o microfone no chão, saiu do programa e jurou que nunca mais iria se apresentar no programa daquele "véio filho-da-puta". Mas Chacrinha ("puta véa", também) sabia das fraquezas de Tim. Querendo trazê-lo de volta ao palco, Chacrinha ligou para a única - única - pessoa que Tim obedecia e jamais recusaria um pedido: sua mãe, D. Maria Imaculada. Já 'tava' lá Tim, cantando novamente no palco do programa mais popular da tv brasileira e reclamando do golpe baixo do "velho safado".

Já com Gal, a história se desenrolou por causa desta música, "Um Dia de Domingo". Trocado de gravadora recentemente, os novos empresários queriam aproximar Gal do grande público, já que a mesma era vista como um cantora de elite. Além de ter gravado "Chuva de Prata", Gal gravou esta canção com Tim, então um dos artistas mais populares do Brasil. A tática deu certo e os 'managers', empolgados com as grandes vendagens de Gal, resolveram bancar um clipe no Fantástico com o velho Tim. Marcado o dia, Tim presente, pinta um telefonema dizendo que Gal não poderia ir pois seu vestido não ficara pronto. Dia remarcado, vestido de Gal pronto, ligam para o velho Tim: "Vou não, mermão! Meu vestido também não ficou pronto!" E a única gravação dos dois em "Um Dia de Domingo" foi essa que você vê aqui.

Falar que Tim Maia era doido nem surte mais efeito. Isto tinha um lado bom e lado ruim. O bom era que ele foi um cara totalmente desprendido das coisas materiais. O ruim era que ele gastava muito dinheiro com as consequências de suas irresponsabilidades. Uma dessas irresponsabilidades era fruto da quantidade imensa de processos a que respondia. Ele falava que contratava sempre 3 advogados, "um pra ficar vigiando o outro" (rsrsrsrs).

Uma vez, Tim conseguiu a façanha de conseguir 10 cruzeiros emprestados de dois policiais que já haviam levado por várias vezes "o letinho das crianças" por conta das infrações de Tim. Tinha acabdo de sair de uma gravação, doido pra tomar uma cerveja com seus músicos, conseguiu os 10 ' conto' emprestado dos 'polícia'.

A vida de Tim foi tão rica que é difícil saber no que você foca; se na arte ou nas 'doideiras Maia' . Se pudessêmos materializar a quantidade de maconha fumada por tim, e descrita no livro "Vale Tudo" escrito pelo grande (grande) Nelson Motta, enchia, com tranquilidade, umas três carrocerias da Hilux. Certa vez, no ano de 96 hospitalizado por conta de uma gangrena no saco, chamada "gangrena de Fournier", logo após ter acordado da anestesia, exigia a sua companheira e a assessora, o seu famoso "baurete". E ainda, como celebridade que era, mandou contratar dois seguranças, e mesmo os médicos e enfermeiros só entravam no quarto se devidamente autorizados pelo 'síndico'.

Aqui, mais um disco da fase clássica de Tim. O álbum Nuvens foi lançado em 1982. A música, um "funk gafieria" de 'responsa' chama-se "Outra Mulher".

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