Enquanto Deus descansava no Sétimo Dia...


...o diabo inventava uma guitarra e jogava na mão de Keith Richards.

Dizem que o casamento da guitarra com o rock n' roll foi estilo casamento de cigano: arranjado. E por um motivo muito simples. Na verdade, dois. Dá a luz à Sgt Peppers e Exile on Main Street. Este considerado o melhor álbum dos Stones; aquele, o melhor dos Beatles.

Dia 04, às 23 hs, no Multishow, será apresentado o documentário Stones on Exile, o making of das gravações de Exile on Main Street na casa de Keith Richards na Riviera Francesa. No embalo, taambém é lançada a edição remasterizada de Exile, com 10 inéditas, além das 18 músicas originais do disco, que à época foi lançado como álbum duplo.

Na época das gravações de Exile, os Stones estavam no auge do uso da heroína. Por outro lado (ou pelo mesmo, ou não) também estavam no auge da criatividade. Let It Bleed, de 68, Sticky Fingers, de 71, prenunciavam o que estava por vir em 12 de maio de 1972: Exile on Main Street, o álbum que alcançou o 7º lugar dos 500 melhores álbuns da revista Rolling Stone (sem relação com a banda).

Shine a Light, Let it Loose, Loving Cup, Torn and Frayed, Sweet Black Angel são aquelas baladas que circulam pelo folk, blues , country, jazz e até gospel. É, Shine a Light é um gospel. Ouça e perceba. Além claro, do bom e velho rock n' roll, com o em Rocks Off, Rip This Joint, Tumbling Dice e Happy, esta com Richards nos vocais. O refrão de Happy diz: " Eu preciso de um amor que me mantenha feliz". Seria um amor lisérgico? Possivelmente.

Voltando ao documentário, Stones on Exile, mostra as gravações do Exile na Riviera Francesa, uma vez que os Stones estavam "mortos" (financeiramente falando), e como deviam impostos a coroa britânica, o jeito foi partir para a terra dos perfumes.

Desconfio cá, que além de heroína, os Stones consumiram largas doses de um bom Chateau Lafite-Rothschild. Talvez aí, esteja a formula mágica... de um álbum idem.

Nota do blog: nesta manhã de terça-feira, ouvindo (pela milésima vez) o Exile, percebi a falha que havia cometido em não ter mencionado o melhor "rock arrasta cadeira" do álbum. Refiro-me a All Donw the Line. E logo após um blues 5 estrelas, Stop Breaking Down, que não podia ser diferente já que estamos nos referindo a uma canção do mestre Robert Jonhson, regravada neste álbum.

A verdade é que o álbum é tão bom, que citar somente algumas é batata em ocorrerem injustiças com as outras composições. Tão bom não. Simplesmente, talvez, o melhor álbum de rock da história.

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