Clube da Insônia - Dia dos Namorados



Nao teve como fugir dela. É o sucesso que na boca do povo (força de expressão - mas deixa pra lá!).

Encontrar a pessoa certa é um trein complicado. E o pior é encontrar e perder. Aí, pra esquecer, é um trabalho do cão. Diga aí, se tem coisa mais pesarosa que esquecer a quem se ama.

Mas tem muita gente que não se dá a este trabalho. Prefere a conveniência (e a chatice) de um amor falido, que o viço e a pulsação de um amor de verdade. Daqueles que suam as mãos e deixam os zói turvo. A vida é um perfeito desencontro. Isto é fato. Mas, é fato também, que Deus nos deu duas pernas, dois braços e dois olhos, pra procurar, enxergar e "sebo nas canelas".

Mas, meu amigo, se você deu a sorte em achar a mulher de sua vida, cuide dela, dedique-se. Esse mundo tá ficando muito doido. A internet, que dizem que aproxima, isolando todo mundo, "confortando" cada um em seu mundinho virtual.

Vivam os amores. De verdade. É a única graça desse trein que se chama vida. Não vivam de conveniência, nem de "situações confortáveis". É chato, dá enjoo e envelhece. Arrisquem-se! Vivam grandes amores, ainda que seja certo o risco de um escorregão. É melhor! A gente levanta, e como dizem, fica pronto pra cair de novo.
Amor tem que ser igual a relógio: só de verdade! Não adianta se iludir com um falsificado, ou como andam dizendo agora, com réplicas. Uma hora você se cansa, para de se iludir e toma noção do tempo que perdeu.

Veja este texto da joranlista de O Globo, Martha Medeiros, e você vai entender o que digo. Por sinal, me lembrou de uma composição de Chico, que está na atual novela das nove, "Trocando em Miúdos".

E não tenha medo de ser feliz. Faça como a Martha: doe a cama para um asilo, sem olhar pra trás, nem lembrar de nada.

De cara lavada

"Hoje me desfiz dos meus bens
vendi o sofá cujo tecido desenhei
e a mesa de jantar onde fizemos planos

o quadro que fica atrás do bar
rifei junto com algumas quinquilharias
da época em que nos juntamos

a tevê e o aparelho de som
foram adquiridos pela vizinha
testemunha do quanto erramos

a cama doei para um asilo
sem olhar pra trás e lembrar
do que ali inventamos

aquele cinzeiro de cobre
foi de brinde com os cristais
e as plantas que não regamos

coube tudo num caminhão de mudança
até a dor que não soubemos curar
mas que um dia vamos"



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