Briatore, Zé Dirceu e Fernando Collor - o que une esses três homens?

Três homens poderosos, gananciosos e que, equivocadamente, pensavam ser inatingíveis. A história mostrou o contrário. A impáfia de nenhum deles sucumbiu à mais simples falha. Bastou falharem...e falharam. A antipatia e a arrogância de nenhum deles se sustentou ao mais insignificante inimigo. Três humens...e um destino. A derrocada. Briatore pensou que poderia chutar Nelsinho como um cachorro. Pensou...e pensou errado. Atrás de Nelsinho tinha 'Nelsão'. E atrás de 'Nelsão' tinha uma farsa. Briatore se esqueceu disso. 'Nelsão' não. E lembrou-se disso no momento em que Briatore parecia (e se achava) mais imponente. Foi o suficiente. Sucumbiu. Caiu, sem previsão de se reerguer. Dirceu. Dirceu conchavou, trambicou, se embolou. No bolo estava Roberto, deputado com nome de presidente americano. Deputado com todas as manhas do Tribunal do Júri. Com todas as facetas da vida jurídica. Dirceu precisou de Roberto. Roberto ajudou. Roberto precisou de Dirceu. Dirceu virou-lhe as costas... Dirceu caiu de costas. E caiu, caiu, caiu... Saiu de cena, dos holofotes, perdeu o brilho. Levou junto o brilho do PT. Quase leva o brilho de Lula. Lula tinha outro brilho. Sorte...ofuscou. E Collor. Collor foi humilhado, dilacerado, jogado aos leões. Pisou. Se achou. Despencou. Esqueceu-se de seu mano, o Pedro. Mas Pedro não se esquecera de Collor. Por algum tempo Collor também não podia se esquecer de Pedro. Tinha uma Teresa. Teresa que não era a de Jorge. Teresa que não tinha marido flamenguista. Fora Teresa, Fernando quis esquecer Pedro. Não dava. Não podia. Mas Fernando achou que sim. Pedro tinha certeza que não. E certeza é certeza. Deu no que deu. Fernando perdeu o Alvorada, perdeu Teresa e tudo mais que o 'poder das Alagoas' lhe proporcionara.

Três homens. Um destino. Três quedas. Ganância e impáfia não são pra qualquer emergente. Quem sobe rápido, cai rápido. Quem sobe devagar, constrói base forte. Se cair, pode subir. Três homens...Três crianças!