Super Chico


Por Alex venícius

Essa semana o Jornal Nacional comemora 40 anos de existência. E apesar de toda briga que as emissoras (diga-se Record) travam no sentido de tirar a hegemonia do "Plim plim", pode-se dizer (ainda) que o JN é o maior veículo de jornalismo da televisão brasileira. A bancada que já foi ocupada por dois históricos apresentadores (Cid Moreira e Sérgio Chapellin) hoje conta com o casal William Bonner e Fátima Bernardes.

Apesar de toda competência e seriedade de seu editor-chefe, o Bonner é um humorista de carteirinha. E quem não se lembra da Copa do Mundo de 2006, onde Seu William ficou apresentando o JN e a Sra. Bonner foi a correspondente daquele telejornal na Alemanha, e daqui ele questionava: "Onde está você, Fátima Bernardes?" Isso criou uma espécie de intimidade com os telespectadores que acabava nos dando a ilusão que nos comungávamos daquela interrogação do William Bonner marido, e não o William apresentador do JN. A propósito, o editor-chefe do JN está lançando um livro, aproveitando o embalo do melhor 'produto' da casa: "Jornal Nacional - Modo de Fazer", cuja renda será revertida para a Escola de Comunicação e Artes da USP.

Até queria escapar desse clichê, mas o JN acabou se transformando numa espécie de Omo (que só é uma das marcas de sabão em pó), de Bombril (que é apenas uma das palhas de aço do mercado), da antiga Kolynos (o mais famoso creme dental)): "Depois do 'jornal' eu vou aí!" Não precisa nem falar que estamos nos referindo ao JN! A impressão que temos (eu, ao menos) é que a noite começa quando o JN acaba: aí cai a ficha que a noite começou. Eu cresci dizendo (e ouvindo) que iria fazer isso ou aquilo após o JN. É uma espécie de 'marcador' do nosso dia.

E nessas comemorações, várias 'feras' do jornalismo da casa estão sendo entrevistados pelo casal nacional, a exemplo de Sandra Passarinho, Ernesto Paglia, Isabela Scalabrini, e representando a Globo Nordeste, Francisco José, que já estava na Globo Pernambuco, quando do primeiro desfile do Galo da Madrugada, em 1978. Fraancisco José, que de início era da equipe de esporte daquela afiliada da Globo, logo, logo passou a ser uma espécie de 'âncora' do Nordeste no JN.

E não deve ser muito difícil representar um povo tão rico e tão criativo como o nordestino. Em que pese o talento do jornalista, o Nordeste sempre deu show: nas alegrias o nordestino é o melhor (vide o Ceará), e nas tristezas, ninguém bate no sofrimento do nordestino. A dificuldade já nasce com o nordestino...e a criatividade também! Não existe povo mais rico e alegre que o povo do Nordeste. Quando se fala em Brasil , não vejo imagem mais fiel, que a imagem do povo do Nordeste, as tradições, o forró, o fubá, a garapa, a cachacinha. É difícil um povo com tanta simplicidade e tanta riqueza ao mesmo tempo.

Parabéns JN, Parabéns 'Chico' e PARABÉNS povão do nordeste!

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