Réveillon em Ilhéus


Apresse-se, se você ainda pretende passar o fim de ano em Ilhéus. Os pacotes para a temporada das festas já foram fechados, o trânsito já está aquela loucura. Enfim, aquele cenário típico de cidade turística em época de verão.

Turística? É. Mais força de expressão, pois aqueles detalhezinhos que nunca farão de Ilhéus uma cidade turística, e sim apenas uma cidade para veraneio, estão presentes mais do que nunca.

Cheguei a esta conclusão depois que conversava com um amigo meu, ainda ontem, em uma pizzaria (ou algo parecido) na Soares Lopes. Garçom despreparado, com cara feia, fazendo-nos sentir que pedíamos um favor. Na verdade, não se tratava de um garçom. Mais parecia o filho do dono, ou um amigo do filho do dono, sem a menor idéia do que seja atender bem.

Ainda para completar, quando ainda estavam alguns gatos pingados às mesas, formou-se um grupinho de garçons para...para...fumarem! Pasmem! Melhor não! Não pasmem.

Isto em Ilhéus é normal, trivial. Daí, digo que nunca teremos uma cidade turística e sim uma cidade para veraneio. O turista fica pouco, gasta muito e quer voltar. O veranista gasta pouco, fica muito e bagunça idem.

Ilhéus não é uma cidade preparada para receber bem. A prepotência e a arrogância de quem viveu da facilidade das lavouras do cacau é incompatível com a vocação em servir bem. Daí, um pouco da explicação pela qual Ilhéus não sabe receber. Só aprenderam a exigir. Tempo que, aliás, esqueceram-se que já passou.

Infelizmente, em uma cidade em que garçom pode ser o primo, a tia, amigo do filho do dono, tá até de bom tamanho. Vocação turística é algo que passa longe do amadorismo da terra dos "coroné".

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