Até quando?

Por Juliana Soledade

60 mil alunos sem aulas, 5 mil professores de braços cruzados. Vamos a mais uma greve estadual, mais de um mês fora das salas de aula, discentes sem saber quando conseguirão se formar. E aí? E aí, que a educação não está no quesito prioridade, e aí, que o princípio fundamental da Constituição Federal de 1988, art. 6º trata-se de direitos sociais à educação, saúde, trabalho, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados. E aí eu pergunto: Onde estão sendo aplicados?

Uma universidade, uma não, QUATRO universidades estaduais paradas. Professores em busca dos seus direitos, em busca de acordos, em busca de uma vida digna, reivindicando os seus direitos, buscando melhoria na categoria, mas até o momento nenhum acordo descente.

Nós temos professores altamente dedicados à vida acadêmica, doutores, mestres. Com o pleno intuito de formar excelentes profissionais. E lá se foram salários cortados, mais indignação. Afinal a Bahia tem o segundo pior salário. Sou totalmente a favor dessa classe que tanto se esforça em prol de muitos alunos.
Portanto, governantes, vamos oferecer uma qualidade melhor, um salário melhor, uma condição digna e honrável, ou será que a venda nos olhos destes é tão grossa a ponto de inibir a visão? Vamos evitar tanta revolta, tanto desgosto em saber que há pessoas em busca do conhecimento e neste momento encontram salas vazias.

Vale lembrar que a Professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, não teve medo, não teve vergonha, expôs-se com toda a caracterização verdadeira dos fatos em face de toda a realidade existente num âmbito de formadores de seres pensantes que ganharão o mundo. Com palavras fantásticas que ganharam o Brasil, e com certeza mobilizaram muitos outros profissionais.

Aos responsáveis, que reformulem o Decreto 12.583/2011, que reajustem dignamente um salário que já é muito pouco. A sociedade precisa destes profissionais, que formam tantos outros mais motivados, o que se é tão raro de encontrar.

Afinal, onde estão a ordem e o progresso da nossa bandeira?

Esbarramos em uma grande esfera de inoperância à realidade que é a insensibilidade ao aplicar as normas. Ate quando... Até quando?

Juliana Soledade é estudante do curso de direito da UNIME.

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